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sexta-feira, 20 de março de 2009

Tuma comenta depoimentos de pais de vítimas sobre rede de pedofilia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia do Senado Federal iniciou nesta quarta-feira (18/03), em Catanduva (SP), a tomada de uma série de depoimentos com o objetivo de esclarecer a existência de uma rede de pedofilia na cidade que já teria vitimado mais de 40 crianças. Participam da audiência pública na Câmara Municipal de Catanduva os senadores Magno Malta (PR-ES) - presidente da CPI -, José Nery (PSOL-PA) e Romeu Tuma (PTB-SP). Os depoimentos prosseguirão na quinta (19/03) e na sexta-feira (20/03).
Em entrevista à Rádio Senado, o senador Romeu Tuma disse que neste primeiro dia de depoimentos foi ouvido um casal cujas filhas teriam sofrido abusos. Eles prestaram depoimento com máscaras e coletes à prova de balas, pois temem represálias. "O casal pediu para depor mascarado, sigilosamente. Um sofrimento tremendo. A mãe, em lágrimas, descreveu o sofrimento da filha de 8 anos que foi vítima de ação criminosa de pedofilia e acabou adquirindo uma doença sexualmente transmissível. Esse relato trouxe uma amargura muito grande aos presentes", relatou o senador petebista.
Também foram ouvidos nesta quarta o presidente da ONG Instituto Pró-Cidadania, Geraldo Corrêa, e o professor Edmilson Sidney Marques, diretor de uma escola municipal. Ambos teriam sido os primeiros a desconfiar da existência da rede de pedofilia na cidade.
Tuma mostrou-se otimista com o aumento do número de denúncias de parentes e vítimas contra pedófilos. "A CPI tem tido um papel importantíssimo porque, na medida em que vai crescendo a nossa presença, têm aumentado as denúncias. As mães e as filhas não tinham coragem de denunciar e hoje estão confiando na CPI para fazer a denúncia sem nenhuma represália. A comissão vem dando coragem e espaço para os depoimentos", afirmou o senador.
Entretanto, Tuma disse que a abertura de um segundo inquérito para investigar o caso dificultou um pouco as investigações. As duas delegadas que cuidaram dos inquéritos, Maria Cecília de Castro Sanches e Rosana da Silva Vanni, também prestaram informações à CPI. Ambas já foram afastadas dos inquéritos e a investigação agora corre por conta de delegados de São José do Rio Preto.
Já presos, o borracheiro José Barra Nova de Mello (apelidado de Zé da Pipa) e um sobrinho dele, William Mello, devem prestar depoimentos nesta quinta-feira (19), bem como outros quatro detentos também acusados de pedofilia. Um empresário e um médico que deveriam depor estão foragidos, mas Magno Malta informou à TV Senado que pedirá ajuda da Polícia Federal (PF) para forçá-los a depor.
Agência Trabalhista de Notícias (com informações da Agência Senado)

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