presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), descartou ontem um possível acordo de delação premiada no processo que investiga o suposto mensalão. Ele depôs hoje para o juiz Marcelo Ferreira de Souza Granado, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Questionado se aceitaria revelar novos fatos sobre o suposto mensalão em troca de uma redução de pena, Jefferson afirmou que delação é coisa de vagabundo.
“Que delação, nada. A luta é política. Delação premiada é coisa para vagabundo, com todo o respeito.”
Em pouco menos de uma hora de depoimento à Justiça Federal, o presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), recusou-se a dizer quem fazia os pagamentos do mensalão. Ele se justificou afirmando que é réu e não testemunha no processo aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o suposto esquema de caixa dois eleitoral. “Não sou testemunha, falo sobre mim e sobre meu partido”, declarou.
Diante dos poucos questionamentos feitos pelo juiz Marcelo Ferreira de Souza Granado, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e pelos representantes do Ministério Público, Jefferson fez de seu depoimento um verdadeiro palanque, no qual disse que prefeitos e governadores “têm que beijar a mão do presidente Lula” para conseguirem recursos. Ele ainda acusou a Polícia Federal e o Ministério Público de abuso de autoridade. O ex-deputado chegou a se emocionar no final de seu depoimento, ao revelar o desejo de ver sua filha, a vereadora Cristiane Brasil, juíza.
JORNAL O GLOBO
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